quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Médico e monstro


Quem sabe o que diabos não escondemos dentro de nós mesmos... Robert Luis Steveson soube passar isso muito bem no incrível O médico e o monstro. O gentil dr. Jekyll, descobre uma fórmula capaz de separar o bem e o mal inerentes a todo o ser humano, o problema é que quando ele toma a fórmula, seu mal interior, Mr. Hyde, acaba tomando o controle. Há pouco tempo eu assisti ao Ensaio sobre a Cegueira, e é interessante como dá pra estabelecer um paralelo entre a fórmula criada pelo pacato doutor e a falta da sociedade. A sociedade é algo que nos impede de mostrarmos nosso lado mais perverso ou (provavelmente..) verdadeiro. Você não sai por aí matando o gerente do banco quando ele te nega crédito ou surrando o chato do seu cunhado quando dá na sua telha... o que as outras pessoas pensam é muito importante e a falta disso, dessa opinião geral a respeito de alguém, faria de nós potenciais Mr Hydes. A falta de sociedade seria a fórmula que libertaria o nosso mal interior.
Eu não acho que o ser humano é essencialmente bom, pelo contrário, eu acredito que somos todos perversos e cruéis por natureza, e a tal bondade inerente só funciona quando absolutamente nada nosso está em jogo, só não temos coragem de mostrar isso.

2 comentários:

Daniel Santana disse...

Freud explica, Hobbes (o Thomas,não o tigre)confirma,Rosseau e Marcuse discorda dos dois e Nietzche pergunta: Afinal, o que é bom ou mau?

Anônimo disse...

discordo